sábado, 24 de março de 2018

Acolhimento de alunos do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho na Casa do Passal

    
O Projeto UNESCO “Dever de Memória” do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, associou-se ao Agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho, para guiar a visita do grupo de alunos de 9º ano, à Casa do Passal, depois destes terem visitado o Núcleo Museológico Fronteira da Paz, em Vilar Formoso, no dia 9 de março, ao final da tarde. Foram distribuídos flyers referentes à figura de Aristides de Sousa Mendes, à Casa do Passal e ao património histórico-cultural do concelho, da autoria das docentes Dores Fernandes e Josefa Reis, recurso que integra o acervo didático do projeto.

Esta colaboração materializou-se, ainda, no convite ao Dr. Luís Fidalgo, membro da Fundação ASM, que honrou o grupo com a sua presença e proferindo umas palavras de enaltecimento do Cônsul Aristides de Sousa Mendes que, segundo as suas palavras, é orgulho da vila de Cabanas de Viriato, do concelho, do país e o motivo da visita do grupo, pelo que sentia um grato prazer em recebê-los na Casa, que foi residência deste herói e da sua família.

O grupo, constituído por cerca de 47 alunos, acompanhados das professoras revelaram enorme interesse e entusiasmo, demonstrado pela vontade de continuar a ouvir e a apreciar a exposição proferida pelas dinamizadoras da equipa UNESCO. Esta foi, sem dúvida, mais uma iniciativa que nos deixou de coração cheio, com o sentimento de dever cumprido, deixando-nos a esperança de que os VALORES, do respeito pelo outro e a solidariedade, subjacentes ao ato de consciência de Aristides de Sousa Mendes, germinarão nestes jovens, adultos de amanhã.
Dores Fernandes e Josefa Reis
Fotos: Josefa Reis

CAMINHO DA CONSCIÊNCIA E DA FRONTEIRA DA PAZ


O dia 3 de março encheu o nosso coração. Numa parceria entre o Projeto UNESCO "Dever de Memória" e o Projeto "Comboio da Memória", este último coordenado pela colega Isabel Vicente, do Agrupamento de Escolas de Pombal, acolhemos um grupo de 55 pessoas, adultos (professores e pais) e jovens estudantes de Pombal, na Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, onde nos esperava, como anfitrião, o neto de Aristides de Sousa Mendes, Dr. António Moncada Sousa Mendes, autor do livro Aristides de Sousa Mendes – memórias de um neto, recentemente publicado, e o Dr. Luís Fidalgo, representante da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
     O Dr. Fidalgo dirigiu ao grupo simpáticas palavras de boas-vindas a esta vila, destacando a riqueza patrimonial e cultural do concelho, particularizando a Casa e a memória daquele que, na sua opinião, é um VALOR inestimável, do concelho, do país e do mundo, pela sua coragem e ato altruísta. As palavras de quem guarda alguma memória, ainda que ténue, mas muito informada, de Aristides de Sousa Mendes e daquela casa – o seu neto - foram transmitidas com simplicidade e emoção, o que deslumbrou o grupo. 
Após a visita à Casa, o grupo realizou a caminhada até ao cemitério, onde colocou, no jazigo da família do Cônsul, um arranjo de flores brancas, simbolicamente em representação da paz, tendo também guardado um minuto de silêncio em homenagem ao diplomata.
Seguiu-se a viagem, com paragem no Restaurante Sanzala, na cidade da Guarda, para degustar a saborosa gastronomia tradicional. Na vila de Vilar Formoso, o grupo visitou o Pólo Museológico Fronteira da Paz. Este núcleo, recentemente inaugurado, é um Memorial aos Refugiados e ao “Justo entre as Nações” Aristides de Sousa Mendes, pela sua ação de salvamento de milhares de refugiados aquando da 2ª guerra mundial. Neste espaço, o grupo percorreu com enorme interesse os diferentes núcleos da exposição e constatou que é imperioso preservar a memória e lutar por valores fundamentais do ser humano, seguindo o exemplo de Aristides Sousa Mendes.
 O balanço desta atividade é muito positivo, demonstrando que quando se junta sinergia à dedicação e ao amor à causa, o resultado é o sucesso. No final, sonhámos com outras “viagens de memória”. Uma palavra de gratidão à colega Isabel Vicente, pela iniciativa e aos convidados Dr. Moncada Sousa Mendes e Dr. Luís Fidalgo.



Dores Fernandes e Josefa Reis
Fotos: Josefa Reis

quinta-feira, 8 de março de 2018

A exposição “AMAR´te? Porque SIM!”












 A exposição “ AMAR´te? Porque SIM”, dinamizada em parceria com o Museu Manuel Soares de Albergaria, em Carregal do Sal, visa assinalar O Dia Internacional da Mulher. É constituída por uma série de trabalhos, orientados pelas docentes de Educação Visual, Isabel Várzeas e Josefa Reis e executados pelos alunos das turmas do 7º e 8º ano do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal.

Esta atividade, realizada sob a égide do Projeto UNESCO, tem como objetivos: levar os alunos a desenvolver as capacidades de observação, reflexão e interpretação, bem como as capacidades de representação, de expressão e de comunicação, promovendo métodos de trabalho individual e colaborativo, usando princípios de boa convivência e cidadania. São, ainda, objetivos expetáveis desenvolver o espírito crítico face a imagens e conteúdos mediatizados e adquirir capacidades de resposta superadoras de estereótipos e preconceitos face ao meio envolvente, assim como a sensibilidade estética, formando e aplicando padrões de exigência e a consciência histórico- cultural, cultivando a sua disseminação, promover a liberdade de expressão artística, a reciclagem e o contacto com novos materiais.

         Desenvolvimento e concretização do projeto
A Arte, um dos Direitos fundamentais da existência do homem, é o berço que acolhe esta iniciativa, no âmbito do projeto UNESCO do nosso Agrupamento, através da súmula de trabalhos apresentados, interpretados através da pintura e da escultura de elementos que contextualizam a abordagem artística da figura feminina. Os alunos, executaram um trabalho artístico alicerçado em várias reinterpretações de obras de autores da pintura do séc. XX, (Picasso, Matisse, Modigliani, wassily KandinsKy, Juan Gris, Mondrian, Christian Roghlfs entre outros) sendo esses elementos criados com base na reciclagem de material, na aplicação de várias técnicas mistas sobre telas e máscaras de papel, apresentados numa paleta colorida de técnicas mistas através da colagem, da pintura em acrílico, aguarela, lápis de cor e marcador, interpretada de forma livre, com base em vários conteúdos lecionados em Educação Visual.
Na exploração bidimensional do tema, os alunos usaram assim, vários materiais e técnicas sobre o papel de aguarela, transformando cada imagem numa nova imagem, dando um novo rosto a cada máscara trabalhada. Os trabalhos realizados enriquecem assim uma exposição a visitar no Museu Manuel Soares de Albergaria, em Carregal do Sal, a partir do dia 8 de março. Agradecemos o apoio da Dr.ª Dores Fernandes e da Dr.ª Paula Teles na organização deste evento.

                         Contextualização do tema - 8 de março, PORQUÊ?

“O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se deflagrara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicavam o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto.
Caminhavam com o slogan Pão e Rosas, em que o pão simbolizava a estabilidade económica e as rosas uma melhor qualidade de vida. Durante a segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada na Dinamarca, a famosa ativista dos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o “Dia Internacional da Mulher.”                                              
    Texto-Josefa Reis
Fotos-Isabel Várzeas e Josefa Reis

    

ALDEIA DOS DIREITOS E DOS AFETOS


 Os alunos do Curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural não hesitaram em aceitar o desafio, lançado pela docente da disciplina de História da Cultura e das Artes, de levar a cabo a atividade designada Escola em acção - Aldeia dos Direitos e dos Afetos, idealizada no âmbito do Projeto UNESCO – que consistia na animação dos utentes do Lar da Misericórdia de Carregal do Sal, através de canções tradicionais, seguindo-se uma coreografia de dança contemporânea. Esta iniciativa teve lugar na tarde do dia 2 de março, tendo como objetivos: desenvolver relações intergeracionais no contexto de atividades de animação dos utentes do Lar; valorizar o potencial criativo dos alunos; promover o diálogo intergeracional; criar laços entre as pessoas idosas e os adolescentes e potenciar o espírito de voluntariado.


O desafio de os ensaiar foi logo aceite pela colega de Música, Ana Cláudia Campos, uma inestimável colaboração, sem a qual a iniciativa não teria alcançado o mesmo êxito. O docente deste grupo de formandos de Técnicas de Animação Turística, Henrique Jesus, também se associou à dinamização do evento. Para ambos uma palavra de apreço pela sua preciosa cooperação, assim como para a colega Júlia Abrantes, a qual com os acordes da sua guitarra, contribuiu para a preparação do grupo.

Há momentos em que o exercício da profissão de professor nos enche a alma, este foi um deles. Foi um gosto enorme observar o olhar e os rostos alegres dos idosos, alguns acabaram por acompanhar o ritmo, cantando e batendo palmas. O abraço caloroso na despedida e o manifesto desejo de que haja outros momentos de alegria naquela Casa “para esquecer o passado e superar a solidão” são a prova de quão simples é levar carinho e alegria aos que precisam. Sem dúvida, o balanço é muito positivo, ficará seguramente na memória dos que o viveram. Fica a enorme gratidão ao grupo de alunos, à Direção Técnica da instituição e ao seu Provedor por permitirem a concretização desta atividade.

A Coordenadora do Projeto UNESCO
Dores Fernandes



terça-feira, 6 de março de 2018

Entrega do livro "My Sister's Eyes", de Joan Halperin

No dia 10 de fevereiro, no âmbito do projeto UNESCO, o Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal recebeu a generosa oferta da Sousa Mendes Foundation, pela mão da Drª. Mariana Abrantes (membro desta fundação) de 25 exemplares do livro My Sister’s Eyes, da autoria da norte-americana Joan Halperin, cuja família foi salva pelo visto de Aristides de Sousa Mendes. Estes exemplares, dirigidos a alunos do 3º ciclo e secundário, foram distribuídos pelas Bibliotecas Escolares do Agrupamento e Biblioteca Municipal.

Assim, no dia 23 do corrente mês, os referidos exemplares foram entregues às respetivas bibliotecárias, Dr.ª Rosa Maurício e Dr.ª Célia Cortez, numa sessão solene presidida pelo Diretor do Agrupamento, Dr. Hermínio Marques, coadjuvado pela Dr.ª Aldina Carvalho, membro da Direção. Nesta cerimónia, estiveram presentes a Coordenadora da Escola Básica Aristides de Sousa Mendes, Dr.ª Eunice Santos, a Diretora de turma Dr.ª Paula Susana, que acompanhou a turma do 9ºB, a Dr.ª Lurdes Cruz, docente da Disciplina de Inglês e as coordenadoras do Projeto UNESCO. Foram honrosas as palavras dirigidas pelo Diretor do Agrupamento em relação à iniciativa e a todo o processo, agradecendo a generosidade desta oferta à autora do livro e à Sousa Mendes Foundation, às quais se seguiu uma contextualização histórica e se apresentou a filosofia de trabalho desenvolvida no âmbito do projeto UNESCO, seguindo a linha orientadora da Escola Superior de Estudos do Holocausto do Yad Vashem, em Jerusalém, pelos membros da equipa Dr.ª Dores Fernandes e Dr.ª Josefa Reis, que frequentaram formação superior nesta temática na referida instituição.
Desta forma, pretende-se que o livro seja motivo de um trabalho interdisciplinar orientado por um guião de exploração da obra, fornecido pela autora e adaptado segundo as diretrizes  pedagógicas deste projeto na sua exploração didática, envolvendo o estudo do Holocausto e o ato humanista de Aristides de Sousa Mendes, numa filosofia do “Antes”, “Durante” e “Depois” do Holocausto (SHOA). Irá realizar-se um trabalho interdisciplinar de leitura e análise da obra com a intervenção das disciplinas de Inglês, Educação Visual e História, orientado pelas docentes Lurdes Cruz, Josefa Reis e Cristina Varanda, respetivamente, envolvendo os alunos da turma B do 9ºano, que será apresentado no final do ano letivo, na presença da autora.


A Equipa UNESCO
Dores Fernandes e Josefa Reis