"Aprender Gramáticas da dignidade humana: para
uma escola geradora de justiça cognitiva e social"
No dia 14 de dezembro, a partir das
14.05 horas, na Escola Secundária, decorreu uma sessão dinamizada pelo Centro
de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Esta
iniciativa foi promovida pela Coordenação do Programa Parlamento dos Jovens – do Básico e do Projeto UNESCO, tendo como objetivos: desenvolver os valores inerentes a uma cidadania
interventiva e responsável no respeito pelas diferenças e sensibilizar para a
problemática do desrespeito pelos direitos humanos universais. Visava, ainda,
preparar os alunos, que constituem as listas concorrentes, para a participação
no referido programa, cujo tema é “Racismo, preconceito e discriminação”,
principal público-alvo, para além dos alunos
do 9º A e das turmas de Línguas e Humanidades e de Artes Visuais, do
Secundário.
Na abordagem, o Dr.
Adriano Moura partiu de uma leitura crítica dos
Direitos Humanos, procurando suscitar a reflexão acerca das possibilidades destes
se transformarem num guião de justiça cognitiva e social, no âmbito da
comunidade escolar, especificando o conceito de “gramáticas” da dignidade humana, que justificou pelo facto de, para
além da Declaração Universal dos Direitos Humanos- criada em 1948, após as
atrocidades no contexto da 2ª guerra mundial - termos que ter em conta outras
resoluções e cartas de vários países e culturas que consagram, igualmente, os
direitos do homem.
Neste
sentido, as/os alunas/os foram convidadas/os a pensar nas implicações e
mudanças práticas que os direitos humanos podem ter no ambiente escolar, nas aprendizagens
e nas vivências do dia-a-dia. O orador afirmou que, sendo certo que escola não pode resolver todos os
problemas da sociedade, urge perspetivar a comunidade escolar como espaço
natural de aplicação de gramáticas da
dignidade humana, originando processos de justiça social e promovendo a
esperança às crianças e aos jovens, enquanto agentes transformadores da
realidade.
No espaço de debate, o alunos
colocaram questões pertinentes e atuais, relacionadas com a questão do
confronto de valores, dos problemas transnacionais, como o terrorismo e o
(re)acender das clivagens sociais e étnicas, de tal modo que o tempo previsto para
a sessão foi ultrapassado, o que permite concluir que foi uma sessão muito
profícua.
Dores
Fernandes, Helena Romão e Josefa Reis (Fotos)
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