O sentido da TOLERÂNCIA em tempos de INTOLERÂNCIA…com Noémia Novais e
"Até as guerras têm Regras”
Para assinalar, em antecipação, o Dia Internacional da Tolerância que se celebrou a 16 de novembro, realizou-se o “Encontro de autor” no MASM, com a Dr.ª Noémia Malva Novais , que nos partilhou reflexões sobre o seu recente livro, "Até as guerras têm regras ", o sentido da tolerância em tempos de intolerância, numa partilha de saber para uma plateia atenta , a turma do 12º ano do curso de Artes e Humanidades do AECS e público presente.
Está iniciativa, promovida no âmbito do projeto UNESCO
"Dever de Memória" do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal contou com a
parceria do Museu Aristides de Sousa Mendes e, serviu o
alavancar do poder das empatias num contexto de promoção de um mundo melhor e
de Paz.
O local escolhido foi de excelência, um berço para uma
partilha do vasto currículo da palestrante, doutorada em Ciências da Comunicação, especialidade de Comunicação e
Ciências Sociais, mestre em História Contemporânea e licenciada em História
(investigação e ensino), que exerce
atualmente a função de consultora de comunicação social e política, salientando
que o seu trabalho académico foi distinguido com o Prémio Aristides
de Sousa Mendes da Associação dos Diplomatas Portugueses (1.ª menção
especial 2004) entre outras distinções no âmbito da temática dos Direitos
Humanos da criança, pela UNESCO.
Dadas as
boas-vindas, o ponto de partida foi precisamente recuar ao passado, referindo
empatias e amizades que nascem em contexto escolar e que se cruzam nas
temáticas partilhadas na vida…vivia-se o 12º ano da turma que uniu a Dr.ª
Noémia e Josefa Reis, coordenadora do Projeto UNESCO “Dever de Memória” do AECS, numa analogia ao grupo
de alunos presentes, ativos e potenciadores de um sentido critico mais apurado
e premente nas questões de cidadania.
O livro focado num tempo que medeia
2022 e 2024 onde, a primeira crónica, intitulada “A primeira vítima da
guerra é a verdade” publicada a 16 de março de 2022, apenas 20 dias depois da
invasão da Ucrânia, e a última, publicada a 18 de julho de 2024, com o nome de,
“Sim, até as guerras têm regras”, é palco para as várias intervenções em torno
da violação dos Direitos Humanos, que será mote do trabalho a desenvolver na
disciplina de Português entre outras.
Assim, houve leitura
de uma crónica por uma aluna, música de António Pinho Vargas, reflexão,
questões, respostas e muita vontade de continuar a partilhar pensamento de paz,
empatia e tolerância, que nos pequenos gestos, criam grandes momentos. Houve
intervenções e partilhas de vivencias pessoais, que unem tempo espaço numa
perspetiva intercultural.
Nas palavras da Dr.ª Noémia, “A simpatia dos alunos e
professores aqueceu-me a alma e fez-me sentir que nasci, passe a imodéstia,
para comunicar. Na verdade, para que serve o conhecimento se não for para
partilha com quem mostra interesse. Foi uma tarde que renovou a minha esperança
no contributo que cada um, cada uma, de nós pode dar para uma humanidade mais
fraterna. Os tempos estão sombrios, mas a luz, embora ameaçada, permanece
acesa.”
Foi um
encontro de grande partilha de Saber e afetos! Se no universo individual
pensarmos que “Até as Guerras têm regras” o coletivo será mais feliz e promotor
de Paz no mundo, pois a tolerância não é indiferença nem indulgencia, mas
respeito e empatia pelo outro.
Um agradecimento a todos os presentes , ao Dr Jorge
Figueiredo em representação do Município, ao Dr Bruno Elias, em representação
do MASM , a Drª Mariana Abrantes e Cookie Fischer da SMF, aos
alunos, professores , equipa Unesco e público em geral.
Assim se cumpriu, mais um momento onde estudar o
passado, para compreender o presente e perspetivar o futuro, com foco na tolerância,
serve para alavancar do bem-estar social.
Texto-Josefa
Reis
Fotos- Josefa
Reis e Isabel Várzeas







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