No período de 16 a 19 de setembro realizou-se a visita
de estudo à Polónia (Cracóvia, Auschwitz-Birkenau), uma iniciativa denominada “Viagem
da consciência e da MEMÓRIA”, em parceria com o programa promovido pela
Memoshoá “A minha Escola vai a Auschwitz”.
Esta visita
de memória e de homenagem, organizada pelo projeto UNESCO do
Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, coordenado pelas docentes Dores
Fernandes e Josefa Reis, contou com a participação de 55 alunos do secundário,
acompanhados dos docentes Aldina Mendes, Augusto Mendes, Dores Fernandes,
Isabel Várzeas e Josefa Reis e foi
preparada, ao milímetro, ao longo dos últimos meses, após vários adiamentos
desde 2020, em virtude da pandemia, por isso era enorme a expetativa.
Ao longo dos quatro dias do intenso programa, os
participantes, guiados de forma exímia pelo historiador Ricardo Presumido e
pelos guias locais, tiveram oportunidade de visitar espaços emblemáticos da cidade
de Cracóvia, com o riquíssimo legado arquitetónico do centro histórico, de
traços góticos, renascentistas, barrocos e de art nouveau, como a
imponente Praça do Mercado, mas também o Bairro Judeu, o Gueto de Cracóvia, a
Farmácia “Pod Orlem”, do farmacêutico Tadeuz Pankiewicz, que auxiliou na fuga
de alguns judeus, a Praça das Cadeiras (Memorial aos 65.000 judeus da Polónia assassinados),
a Fábrica/Museu de Oskar Shindler e o Campo de Plaszow, local da rodagem
do filme “A lista de Shindler”, muitos dos locais visitados sob chuva e após longas caminhadas que não “quebraram”
o entusiasmo do grupo participante.
A visita ao Museu e Memorial de Auschwitz-Birkenau foi o ponto alto desta viagem temática e memorável. Neste espaço, os alunos manifestaram uma atitude reflexiva de quem questionava: como foi humanamente possível? O silêncio e a tristeza no seu olhar eram bem visíveis da emoção sentida. O Campo de Auschwitz-Birkenau funcionou de 14 de julho de 1940 e 27 de janeiro de 1945, construído pelos nazis durante a ocupação da Polónia aquando da II Guerra, é um terrível testemunho do assassinato de cerca de mais de 1 milhão de pessoas de diversas nacionalidades, na sua maioria judeus. Aberto como museu em 1947, foi declarado pela UNESCO como Património da Humanidade em 1974. Nessa noite, os participantes da viagem puderam descontrair ao som e gastronomia judaica no restaurante klezmer Hois krakow, um “mimo” proporcionado pelo projeto “Dever de Memória” ao grupo.
No último dia desta viagem, houve tempo, ainda, para
visitar a colina Wawel, a fim de conhecer o castelo e a Catedral de Wawel, o
seminário no qual o Papa João Paulo II fez a sua formação, a Antiga Sinagoga e
o Galicia Jewish Museu no bairro judeu de Kazimierz, terminando neste
espaço, e de forma bastante simbólica, junto do Memorial aos milhares de judeus
mortos deste país. Ao longo deste programa de excelência os participantes
tiveram oportunidade de carimbar os certificados de participação nesta
atividade, em formato de passaporte, uma analogia simbólica aos vistos do
Cônsul Aristides de Sousa Mendes, com o apoio dos chefes de grupo, designados
para coadjuvar os professores responsáveis desta iniciativa.
Um #DeverdeMemória
https://www.facebook.com/josefareis.reis.7/videos/931067190808396
https://www.facebook.com/isabelpereira.varzeas/videos/1206346343210750
A Equipa Unesco, Dores Fernandes e Josefa Reis
Fotos -Josefa Reis
Direto-Isabel Várzeas/Josefa Reis
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