De 4 a 7
de outubro a equipa UNESCO do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal
participou num Seminário Internacional, intitulado "Learning
from the Past, Acting for the Future-Teaching about the Holocaust and Social
Justice” “Ensinar sobre o Holocausto e Justiça Social - Aprender com o
passado, Agir para o futuro”, organizado
pela Memoshoá, Associação Memória e Ensino do Holocausto, em
parceria com a TOLI, The Olga Lengyel Institute for Holocaust Studies and Human
Rights.
O
acolhimento do grupo dos professores selecionados começou com a entrega das
pastas de documentação, seguida de um cocktail de boas-vindas no pátio do Salão Nobre do Edifício-Sede da Junta de
Freguesia do Lumiar (Palácio das Conchas). Seguiu-se a receção pelas palavras do anfitrião, Presidente
da Junta de Freguesia do Lumiar, Pedro Delgado, e de Esther Mucznik,
em representação da Memoshoá, seguida pelo discurso de outras individualidades,
como Arthur Berger, da TOLI, Raphael Gamzou, embaixador de Israel em Portugal,
Todd Miyahira, Relações Públicas da Embaixada dos EUA, Luís Barreiros, da IHRA,
Eulália Alexandre, da DGE e Oana Nestian-Sandu, da TOLI que apresentaram as
motivações do respetivo seminário. No final, os presentes foram brindados com um
momento musical, que encantou pela singular música tradicional israelita.
Esta formação, que teve lugar na Junta de Freguesia do Lumiar, em Lisboa, destinada
a professore/educadores, dos vários níveis de ensino e disciplinas mais
diversas, revelou-se uma excelente oportunidade de aprendizagem sobre a
abordagem do tema Holocausto
e os Direitos Humanos em sala de
aula, quer pela elevada qualidade das conferências proferidas, quer pelo
trabalho prático em grupo e debates, e ainda, pela partilha de experiências.
Durante os dias do seminário, foram
várias as abordagens do tema em estudo, que culminaram sempre num espaço de
reflexão e trabalho em formato Workshop,
nomeadamente “Identidade,
estereótipos, preconceitos e discriminação: Pirâmide do
ódio”, dinamizada por Oana NestianSandu,
formadora da TOLI, “Os “outros”
na hierarquia da memória” de Esther
Mucznik, “O papel de
Portugal durante o Holocausto”, conferência de Irene Pimentel, da Universidade Nova de Lisboa,
“Observadores passivos, observadores
ativos e colaboradores: atitudes em relação aos Judeus durante o Holocausto”, conferência
de Oana Nestian-Sandu e Arthur Berger da TOLI;
“Os
portugueses no Sistema de Campos de Concentração Nazi” Conferência de Cláudia Ninhos, da Universidade Nova
de Lisboa, e “A segunda geração de
sobreviventes do Holocausto: um passado complexo, uma reflexão para o presente
- A influência do Holocausto na Escrita de Edna Shemesh”, conferência de Edna Shemesh.
Os testemunhos de sobreviventes do holocausto e de familiares marcados pela história de vida dos seus pais, nomeadamente a escritora Edna Shemesh e Mário Zilberberg suscitaram grande interesse entre os professores e várias e oportunas intervenções. A visita a lugares de memória da cultura judaica, em Lisboa, foi mais atividade que se revelou de interesse para os participantes e uma mais-valia desta formação.
Digno
de registo foi a presença atenta e muito interventiva de membros dos órgãos de
administração da TOLI, as dinâmicas postas em prática por parte da formadora
Oana Nestian- Sandu, do Instituto TOLI, cujo objetivo primordial é proporcionar
o desenvolvimento de atividades e a formação de Professores e Educadores, nos
Estados Unidos da América e na Europa, no âmbito do ensino do holocausto,
outros genocídios e dos Direitos Humanos.
Esta organização foi criada como forma de dar continuidade ao trabalho de Olga Lengyel, uma sobrevivente e detentora de memórias do Holocausto que decidiu dedicar a sua vida à educação de futuras gerações, no âmbito da shoá e da pertinência da sua atualidade. A história de vida de Olga serviu de base e inspiração para o romance “A escolha de Sofia”, de William Styron. Os seminários promovidos pela TOLI têm por base uma metodologia que privilegia o diálogo, a escrita e a aprendizagem num ambiente colaborativo. A participação nesta formação visa permitir inspirar os docentes a ensinar, de forma criativa e significativa, temáticas como o Holocausto e outros genocídios. Todos os professores, que participam nas iniciativas levadas a cabo pela TOLI, tornam-se membros da “TOLI’s Holocaust Educators Network”, partilhando, assim, estratégias, materiais pedagógicos e ideias que podem ser usadas nas suas escolas e nas suas próprias aulas.
O balanço da participação nesta formação é muito positivo, pela reflexão e aprendizagem enriquecedoras, mas também porque estamos em crer que trazendo as lições decorrentes do Holocausto para o mundo dos nossos dias, os professores tornam-se uma poderosa força de intervenção no tecido social. Deste modo, ao ensinar esta temática cronologicamente transversal, os docentes, nas suas salas de aula e na comunidade educativa tornam-se agentes de mudança social.
Os testemunhos de sobreviventes do holocausto e de familiares marcados pela história de vida dos seus pais, nomeadamente a escritora Edna Shemesh e Mário Zilberberg suscitaram grande interesse entre os professores e várias e oportunas intervenções. A visita a lugares de memória da cultura judaica, em Lisboa, foi mais atividade que se revelou de interesse para os participantes e uma mais-valia desta formação.
Esta organização foi criada como forma de dar continuidade ao trabalho de Olga Lengyel, uma sobrevivente e detentora de memórias do Holocausto que decidiu dedicar a sua vida à educação de futuras gerações, no âmbito da shoá e da pertinência da sua atualidade. A história de vida de Olga serviu de base e inspiração para o romance “A escolha de Sofia”, de William Styron. Os seminários promovidos pela TOLI têm por base uma metodologia que privilegia o diálogo, a escrita e a aprendizagem num ambiente colaborativo. A participação nesta formação visa permitir inspirar os docentes a ensinar, de forma criativa e significativa, temáticas como o Holocausto e outros genocídios. Todos os professores, que participam nas iniciativas levadas a cabo pela TOLI, tornam-se membros da “TOLI’s Holocaust Educators Network”, partilhando, assim, estratégias, materiais pedagógicos e ideias que podem ser usadas nas suas escolas e nas suas próprias aulas.
O balanço da participação nesta formação é muito positivo, pela reflexão e aprendizagem enriquecedoras, mas também porque estamos em crer que trazendo as lições decorrentes do Holocausto para o mundo dos nossos dias, os professores tornam-se uma poderosa força de intervenção no tecido social. Deste modo, ao ensinar esta temática cronologicamente transversal, os docentes, nas suas salas de aula e na comunidade educativa tornam-se agentes de mudança social.
Dores Fernandes e Josefa Reis
Fotos: Josefa Reis
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