No âmbito do espaço Cidadania, o Dia da
Tolerância e da UNESCO foi o mote para uma palestra na Universidade Sénior
de Carregal do Sal, no dia 20 de novembro, proferida pelas professoras Dores
Fernandes e Josefa Reis.
Após o enquadramento teórico, com base no
conceito da palavra tolerância, cujo significado procurou, através da interação
com a plateia, escalpelizar, a docente Dores Fernandes lembrou os Princípios
da Tolerância, com base na declaração da UNESCO, a qual reconhece a
tolerância como o respeito e valorização das diferenças culturais e aceitação
das várias formas de expressão do ser humano. Questionando os estudantes
sobre a relação com os direitos humanos, foi unanimemente consensual que a tolerância
faz parte da “universalidade dos
Direitos Humanos e das liberdades
fundamentais de cada um”.
A professora Josefa Reis contextualizou a
atividade, lembrando o papel da Escola e do projeto “Dever de Memória – jovens pelos direitos humanos”, na promoção dos
valores que devem nortear o crescimento do caráter dos adolescentes e jovens,
tendo como farol a ação de Aristides de Sousa Mendes. Explicitou o enfoque do
trabalho desenvolvido no âmbito do projeto, sublinhando a necessidade de continuar
a fazer sentido assinalar o Dia Internacional da Tolerância, face ao
crescimento dos extremismos e conflitos no mundo,
Esta efeméride, celebrada a 16 de
novembro, desde 1996, constitui uma oportunidade de reflexão e de pôr em marcha
ações para combater os mais variados tipos de intolerância cultural, económica,
religiosa, sexual e racial.
De realçar que ainda nos encontramos na
Década Internacional para a Aproximação das Culturas (2013-2022), com objetivo
de promover o diálogo intercultural. Nesse sentido, recentemente, as Nações
Unidas lançaram a campanha “TOGETHER”
para promover tolerância, respeito e dignidade em todo o mundo, com especial
enfoque na redução das atitudes negativas em relação aos refugiados e migrantes.
Para praticar a tolerância, é preciso
saber o que ela significa. De acordo com a Declaração de Princípios sobre a
Tolerância da ONU, ela é o respeito, a aceitação e o apreço pela diversidade em
todos os seus âmbitos. Não deve ser considerada como uma concessão, mas sim um
reconhecimento dos direitos humanos universais e das liberdades fundamentais de
cada pessoa. Além disso, ninguém precisa de renunciar às suas opiniões ou
convicções para praticá-la – todos são livres, mas devem aceitar, igualmente, a
liberdade do próximo.
A concluir, frisou que é premente lembrar a
afirmação de Ban Ki-mon “a tolerância começa com cada um de nós, todos os
dias”.
Após as intervenções das professoras, foi
apresentado um pequeno vídeo sobre a intolerância, ao qual se seguiu um
trabalho de reflexão, em grupo, a partir de textos distribuídos, de forma a
possibilitar o debate em grande grupo, que se revelou muito participado e
enriquecedor.
A sessão traduziu-se numa tertúlia muito
interativa, dado que a plateia se revelou muito interessada e com aguçado
espírito crítico, tendo ficado o desafio de uma nova sessão logo que possível.
Fica a gratidão, pelo convite, à
Enfermeira Joana Carvalho, presidente da Universidade Sénior, e a todos os
participantes pelo caloroso acolhimento.
Dores Fernandes e Josefa Reis
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